Um gerente e quatro instrutores do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), suspeitos de torturarem uma policial penal em um curso da corporação, em Cuiabá, foram afastados do cargo nesta sexta-feira (10). A vítima cotou que foi torturada após ter denunciado um caso de importunação sexual por parte de um colega de trabalho.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) informou, por meio de nota, que determinou a suspensão imediata do curso no momento em que o boletim de ocorrência foi lavrado, afastou os policiais penais denunciados e abriu inquéritos para apurar a denúncia. Sobre o caso de importunação sexual, informou que também abriu um procedimento administrativo para apurar a denúncia.
Em entrevista à TV Centro América, a agente contou que as sessões de tortura aconteceram no dia 3 de março, durante o Curso de Intervenção em Recinto Carcerário (CIRC), aplicado pelo GIR.
Segundo a policial penal, o suspeito que cometeu importunação sexual teria passado a mão no corpo dela e também a espionado tomando banho na Penitenciária Central do Estado (PCE). Em outro momento, ela contou que o suspeito abriu a janela para olhar seis mulheres que trocavam de roupa. Depois disso, elas teriam sido coagidas a não comentar os episódios de importunação.
A Justiça determinou o afastamento dos integrantes do GIR, além do policial penal suspeito de importunação sexual contra a vítima. Após a denúncia, os suspeitos foram presos em flagrante, liberados no mesmo dia e tiveram os celulares apreendidos. Eles respondem ao inquérito por lesão corporal, coação no curso do processo, cárcere privado e tortura.
Fonte: G1 MT