
A iniciativa, que ocorreu no sábado (17 de setembro), idealizada pela Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais-BPW, contempla em seu eixo estrutural a qualificação e a geração de renda, de mulheres em situação de vulnerabilidade social, por renda, vítimas de violência doméstica, mães com filhos portadores de necessidades especiais.
“Nós vivemos em uma sociedade patriarcal e machista, por vezes as mulheres vivem relacionamentos abusivos, se sentem culpadas, muito por conta do agressor, tem baixa autoestima e muita dificuldade de sair do relacionamento, seja por uma dependência emocional ou financeira. Então o projeto cumpre um papel social muito importante ao dar conhecimento para que essas mulheres aprendam uma profissão e se sintam mais empoderadas para sair desse ciclo de abuso. Como juiz da Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar falar desse assunto, fazer parte desse projeto, é muito gratificante, pois traz esperança às mulheres. O Poder Judiciário procura sempre fazer a sua parte e contribuir com ações voltadas à prevenção e ao combate à violência contra as mulheres”, afirmou.
Segundo a presidente da BPW, Rubia Ranzani, o encontro marcou o início da segunda fase do projeto na Seara Espírita. “O primeiro núcleo a receber a Chita & Fuxico foi o Flor Ribeirinha ano passado, agora no segundo semestre iniciamos o núcleo da Seara Espírita. Estamos com inscrições abertas para aquelas mulheres que querem aprender corte, costura e artesanato. Por ser uma região mais afastada da área central, nosso foco são mulheres da região do Osmar Cabral, mas em si é aberto a todas que tiverem interesse em participar”, detalha.

Já a presidente da Seara Espírita de Luz, Elione Fátima de Almeida Santos, destacou a grande receptividade das mulheres com o projeto. “Inicialmente muitas acharam que seria algo difícil que não seriam capazes e aos poucos viram que não era assim, que elas conseguiam. E essa mudança de chave, de que elas são capazes, de aprender algo novo tem sido muito gratificante. Dá para ver nos depoimentos delas, de algumas das alunas que já estão fazendo as roupas para a família. Destaco ainda a fala do juiz Jamilson que me tocou profundamente mostrando que não temos apenas que pensar em punir é preciso educar para não repetir o ciclo, principalmente nas famílias”, disse.
A palestra do magistrado também foi destacada pela participante do projeto, Marina Rodrigues. “Como alguém que já sofreu violência doméstica no passado é muito importante falar sobre o assunto. E mesmo agora aprendi algo novo. Esse projeto tem sido uma oportunidade única para as mulheres e estou orgulhosa de fazer parte”, disse.
Já a Maria José de Oliveira destaca a busca da independência financeira como um dos pontos de maior relevância. “Aquilo que o juiz falou de que muitas mulheres que sofrem abuso terem medo de terminar o relacionamento porque dependem dos maridos é a grande realidade, mas palestras como essa e o projeto ajudam a mudar isso. Tenho certeza que várias mulheres vão ter um olhar diferente a partir de agora”, afirmou.
#ParaTodosVerem: esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência. Imagem 1: Foto horizontal colorida. Todos os participantes e o palestrante estão sentados e perfilados. 2: Foto horizontal colorida. O magistrado está de pé, ele fala ao microfone com as mulheres que estão todas sentadas no auditório. Ele está vestido de camisa polo cinza, calça jeans e tênis branco. Atrás dele, estão expostos diversos produtos produzidos pelo projeto, blazers, avental, entre outros.
Larissa Klein
Assessoria de Imprensa CGJ
Fonte: Tribunal de Justiça de MT
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