O VII Encontro de Sustentabilidade – Gestão e Governança do Poder Judiciário de Mato Grosso trouxe na manhã desta terça-feira (13 de dezembro), segundo dia de evento, palestrantes que falaram sobre temas atuais voltados ao assunto central para fomentar o debate entre os participantes. O Encontro tem como objetivo trocar experiências sustentáveis e informações, além de integrar servidores(as), magistrados(as) e colaboradores (as) de órgãos públicos sobre matéria da sustentabilidade.
Realizado pelo Núcleo Socioambiental do Tribunal de Justiça, presencialmente e de forma virtual, pelo Microsoft Teams, o evento tem o propósito de avançar nas práticas e políticas sustentáveis no âmbito da Justiça estadual, como destacou a coordenadora do Núcleo, juíza Edleuza Zorgetti Monteiro da Silva.
“Todo ano avaliamos como foi o desempenho da nossa instituição, bem como nas comarcas do interior e o que precisamos melhorar no ano seguinte. Convidamos palestrantes que agregam com seus conhecimentos, conhecemos boas práticas realizadas nas unidades judiciárias. Temos que fazer a nossa parte e impactar no coletivo com ações diárias, incentivando servidores e magistrados nas práticas sustentáveis, que hoje envolvem não só o meio ambiente, mas economia, por exemplo.”
Ao representar a presidente do TJMT, a diretora-geral do tribunal, Claudenice Deijany Farias de Costa reiterou que o encontro fomenta há sete anos a sustentabilidade do Judiciário estadual. “É um assunto que não tem como retroceder. A nossa intenção é estarmos sempre trazendo novidades, boas práticas, palestras como as que teremos hoje. O intuito é trazer a integração entre os gestores gerais e todos que estão aqui presentes.”
Como não ser Ecochato ou Biodesagradável – Esse foi o tema da primeira palestra, com o professor e fundador da Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps), Marcus Nakagawa. “É importantes trazermos temas ambientais, sociais, sem radicalismo para que algo seja leve para aprendermos e colocarmos isso no dia a dia. Se aplicamos determinadas questões como algo imposto, pesado, as pessoas acabam não incorporando os conceitos e essa cultura diariamente”, discorreu.
Marcus Nakagawa é idealizador da Plataforma “Dias Mais Sustentáveis” e define ecochato e biodesagradável como “aquela pessoa que toda hora fala que isso não pode. Muitas vezes o não acaba sendo um trabalho muito difícil de se retirar para se aprender. É muito mais fácil quando você passa um conteúdo educacional, mostra o porquê daquele não, os porquês de um sim, mostrar outros caminhos do que só o impeditivo, o que não pode.”
“A gente quer uma cultura de aprendizado coletivo em que o grupo possa aprender em conjunto de uma forma legal e leve. Precisamos trabalhar nesse âmbito positivo de construção”, completa.
O professor afirma que o trabalho em conjunto é o caminho a se seguir e citou o Núcleo Socioambiental do TJ, que difunde informações com ecodicas e outras atuações internas que mobilizam pessoas. “Para todos entenderem que esse trabalho não é de um núcleo ou departamento, mas de todos e todas como qualquer outra área de gestão organizacional, que não deixa de ser uma organização ainda mais pública que precisa fazer suas prestações de contas para o estado e população e cada vez mais precisa ser transparente e não só do lado financeiro, mas do lado social e ambiental”, concluiu.
Segunda palestra – A assessora da Gestão de Sustentabilidade do Tribunal Regional do Trabalho – TRT 23ª Região, Natália Pansonato. Falou sobre a “Implantação do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos – PGRS no Poder Judiciário de Mato Grosso”. Ela destaca que a gestão adequada do resíduo tem critério de responsabilidade social e que a responsabilidade é compartilhada, ou seja, somos responsáveis pelos resíduos que geramos.
Com a apresentação de um vídeo sobre separação de resíduos nas 3 frações (recicláveis, orgânicos e rejeitos”, Natália Pansonato diz que quando temos um resíduo, como um copo descartável, temos que bnos perguntar: é possível reutilizar?
“Temos que fazer parte da mudança e de uma cultura de diferente. Temos que ter em mente o conceito de classificação do lixo zero, que é mandar a quantidade mínima para aterros, separando lixo, armazenamento de resíduos, dando a a destinação correta como compostagem, reciclagem, entre outros.”
A palestrante mostrou ainda como essa consciência está presente no ambiente de seu trabalho.
Roda de Conversa – “Resíduo, reciclagem e lixão” foi o tema central. O professor em Direito dos Resíduos e Ambiental com atuação em Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e Lei de Saneamento Básico, Fabricio Soler pontuou sobre a mensagem da política de resíduos sólidos, desafios, importância dos agentes públicos na implementação da PNRS, que traz o conceito de responsabilidade compartilhada pelo ciclo da vida.
“Os consumidores, o município e o setor empresarial, cada um tem uma atribuição para minimizar o impacto do produto no meio ambiente. Nossa obrigação é fazer o descarte correto, fazer a disposição final adequada. Esse é um trabalho coletivo”, afirmou.
Rodrigo Crossara, presidente do Sindicato da Indústria de Reciclagem de Mato Grosso ressaltou a importância de reciclar produtos e uso de embalagens passíveis de serem recicláveis, no que diz respeito a questão econômica. Ele sugeriu o uso dos ecopontos já existentes em Cuiabá para gerar emprego e renda.
O responsável pela empresa Ecodescarte – reciclagem de eletroeletrônicos de Mato Grosso, Thiago Pegorini, há 10 anos no mercado disse que o descarte de eletrônicos sensibiliza a população quando está atrelada a outras causas. Ele citou como exemplo a parceria que a empresa firmou com o Hospital de Câncer.
“Precisamos usar meios criativos para a sensibilização da população. Apelo ambiental não era tudo. Boa parte da população se sensibiliza com uma causa solidária. Percebemos crescimento grande na adesão da campanha com o Hospital de Câncer. Então juntamos os fatores ambiental e solidário para devolver para a sociedade aquilo que a gente faz. Dar a destinação correta para os eletrônicos e dar retorno para a sociedade de forma direta.”
A programação segue no período vespertino onde haverá também a premiação das comarcas sustentáveis, por meio do Programa Gestão matricial de Despesas (GMD), com entrega dos selos diamante, ouro, prata e bronze.
O II Encontro de Sustentabilidade conta com a parceria da escola Superior da Magistratura de Mato Grosso e Escola dos Servidores do poder Judiciário.
#Paratodosverem
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Primeira imagem: Foto colorida geral do auditório onde a diretora-geral do TJ, discursa durante abertura do evento. Ela está no palco, atrás do púlpito, usa blazer verde escuro e camiseta branca com a logo do Núcleo Socioambiental. Aparecem também os participantes sentados em poltronas no auditório.
Segunda imagem: Foto horizontal – Marcus Nakagawa profere palestra. Ele está no palco. Usa blazer preto e calça jeans. Ao fundo está um telão com slide da palestra.
Terceira imagem: Print de tela da roda de conversa. Em pé está Fabricio Soler. Ao fundo o telão com logo do evento. Do lado direito estão os outros dois participantes sentados em poltronas.
Dani Cunha/Fotos: Alair Ribeiro
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
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Fonte: Tribunal de Justiça de MT
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